quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Contemporânea Construção Civil

                            "Desorganização demais, despreparo demais."


Evidentes alterações em todo o corpo social são claramente sentidas, quando se considera,sobretudo, aspectos físicos. Na China, por exemplo, hoje e para muitos anos, toda a construção civil de lá é movida pelo minério brasileiro em forma de commodities, considerando que a população chinesa em sua maioria ainda vive na zona rural, entende-se aí que ainda há muito que se fazer por lá. Por aqui, a construção civil é de fato, autossuficiente, isso é dito, porque apenas 2% dos insumos utilizados em construções, são importados. De acordo com o IBGE em parceria com a CAIXA, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou uma variação de 0,55% no mês de Julho, nos últimos 12 meses, essa variação ficou em 6,61%, registrando uma queda de 0,21%, já que nós outros 12 meses, calculou-se em 6,82%. E não é só isso, falando-se ainda no mês de Julho, o custo nacional da construção por metro quadrado ficou em R$ 800,02, em que R$ 441,82 são destinados a materiais e R$ 358,20 à mão-de-obra.
 A representatividade da construção civil, no Brasil é imensa, ela é o setor que mais cresce, que mais gera emprego (6% do total de empregos no país) e renda, além de contribuir com 16% do PIB brasileiro, está em segundo lugar, no ranking dos setores econômicos, só perde para a agroindústria. Parece que a construção civil está com tudo não é? Mas está mesmo, porém, os empecilhos se fazem presente e, são problemas crônicos, muitos deles. Não se pode esquecer-se de colocar que o programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida” do governo federal, agiu de forma ímpar no crescimento deste ramo e, que, portanto, a continuidade de programas de caráter semelhante, deve ser mantida. Novas formas de financiamento são importantíssimas, deve-se considerar também o custo dos terrenos e os problemas mestres: a mão-de-obra escassa e desqualificada e a baixa tecnologia. No entanto, segundo o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), deve haver um crescimento de 6,1% no setor, este ano. Portanto, junto com todo esse grandioso sistema de produção, há também os problemas, eles são muitos, a começar pela falta de fiscalização, e por falar em fiscais. Segundo o Ministério do Trabalho, há neste momento 3 mil fiscais para todo o Brasil. A bagunça é grande: obras irregulares, desperdício de material, péssimas condições de trabalho, obras em locais impróprios, falta de segurança e, por falar nela, só ano passado, morreram 376 pessoas na construção civil, segundo o Ministério do Trabalho e, continuam morrendo, porque as obras não param e o descaso também não. Há uma estimativa de que 67% dos brasileiros têm renda para comprar um imóvel e, este percentual deve aumentar, porque até 2014, há mais 2 milhões de moradias previstas para o programa “Minha Casa, Minha Vida”. O crescimento acelerado aliado à falta de acompanhamento do Ministério do Trabalho e órgãos competentes, geram desorganização, geram problemas futuros.








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