domingo, 2 de dezembro de 2012

O Futuro (Próximo) do Planeta





Um importante passo foi tomado com a aprovação da ONU (Organização das Nações Unidas) para a Palestina se tornar Estado observador não-membro, recentemente. Que, embora tenha um valor, sobretudo, simbólico, poderá contribuir para a formação dos dois Estados que, em tese, poriam fim aos conflitos entre israelenses e palestinos.

Porém, Israel e Estados Unidos, por exemplo, acreditam que a aprovação na instituição não influenciará na formação de dois Estados.  O conflito militar, que há poucos dias se intensificou após a morte do chefe do braço militar do Hamas, Ahmed Jabari, por um ataque do exército israelense, é importante para o futuro do globo.

Os desdobramentos dessas ofensivas poderão interferir e alterar o cenário conflituoso entre árabes e israelenses em alguns anos.

A economia guiada por diretrizes globais, aos poucos vai modificando a geopolítica entre os países, e o mundo nas próximas décadas poderá ser nitidamente distinto do que se conhece hoje.

O planeta caminhará cada vez mais de acordo com a velocidade do capitalismo informacional, este que estará assentado na incrível evolução da tecnologia dando respaldo principalmente à tecnologia da informação que, condicionará o comportamento das sociedades cada vez de forma mais intimista.

Já em 1997, o filósofo da informação, o francês Pierre Lévy publicou sua mais conhecida obra, chamada “Cibercultura”, onde demonstra o quanto o caminho seguido pela humanidade toma por base a relação sociedade e mundo virtual.

Deste modo, os países que dispuserem de maior poder tecnológico, muito provavelmente terão força entre as nações, também pelo fato da tecnologia possibilitar o desenvolvimento de armamento militar sofisticado e até de alcance global.

O Diretor de Pesquisa do Google, Peter Norvig, afirmou que em 2020 o conteúdo da internet será uma mistura de texto, fala, imagens estáticas e móveis, além de narrativas de interações entre pessoas. (Folha).

Estimativas indicam que a economia global será 80% maior em 2020 do que foi em 2000. Nos últimos anos os países asiáticos figuram o cenário mais promissor do crescimento econômico no planeta, em especial a China, que já é ponto crucial das preocupações do mundo para as próximas épocas.
Alguns afirmam que a comunidade internacional trabalha com incertezas quanto às reais intenções da China, que já em 2012 vai se impondo aos vizinhos (inclusive Japão) com seu poderio econômico e militar cada vez mais forte para anexar à sua área, regiões próximas para tornar-se ainda maior.

A Ásia se assusta com as disputas territoriais protagonizadas pelos chineses. Hoje, eles disputam regiões das Filipinas, Japão, Malásia, Taiwan e diversas pequenas regiões próximas. O que pode aproximar esses países dos EUA.

O país é o centro das atenções porque provavelmente mudará a ordem econômica mundial de forma bastante significativa. Segundo o FMI, em 2016 o Produto Interno Bruto (PIB) chinês medido pelo critério de poder de compra atingirá U$ 19 trilhões e superará o americano (US$ 18,8 trilhões). (Terra).  

Todavia, de acordo com o Banco Mundial, em 2011 o PIB chinês ficou em US$ 7,318 trilhões de dólares, o americano em US$ 15,09 trilhões. Já o brasileiro foi registrado em R$ 4,143 trilhões de reais, de acordo com o IBGE.

Apesar do incrível crescimento dos países asiáticos, qualitativamente não acompanharão o dos EUA e outros países ricos, em aproximadamente oito anos, a classe média chinesa ainda será muito menor que a classe média americana.

A China possui um problema grave, sua população já está em processo de envelhecimento, além de ser uma população bastante numerosa, em breve o país terá que pensar como agir em relação aos habitantes fora do mercado de trabalho por conta da idade, problemas sociais possivelmente influenciarão no crescimento do gigante asiático.

Outro país que emerge no cenário mundial é a Índia, junto com os chineses, são as promessas que configuram os dois novos gigantes políticos e econômicos mundiais asiáticos. Alguns especialistas afirmam que entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) apenas a Índia terá um crescimento robusto em 2012.

Em 2020, há a perspectiva de que a privatização de estradas e da infraestrutura no Brasil será cada vez maior, a política e economia ficarão cada vez mais distantes, exatamente pelo desenvolvimento progressivo de atividades ligadas ao setor privado e o país certamente será uma potência mundial.

Especialistas afirmam que em breve a China precisará aumentar em 150% o consumo de energia para manter o ritmo de seu crescimento, enquanto que a Índia precisará do dobro disso, desse modo, empresas desses países buscarão investir em regiões da Rússia (fundamental para o abastecimento de petróleo e gás para a Europa), América do Sul e Oriente Médio, este último é um campo de incertezas pelas constantes tensões na região.

“O fortalecimento da identidade mulçumana criará uma estrutura para a disseminação da ideologia islâmica radical, tanto dentro como fora do Oriente Médio, incluindo regiões como a Europa Ocidental, o Sudeste Asiático e a Ásia Central.” “a antiglobalização e a oposição às políticas norte-americanas podem reunir um grande número de simpatizantes, financiadores e colaboradores dos terroristas”. (O Relatório da CIA).

Em 2010, o grupo WikiLeaks vazou um relatório da CIA (Agência Central de Inteligência) que cita diversos casos de cidadãos americanos que estariam financiando atividades terroristas.

A expectativa é que a tecnologia seja a chave para o desenvolvimento de diferentes vias para a prática do terrorismo interno e internacional. A tendência é que a Al Qaeda ceda espaço para outros grupos mais fortalecidos pelo financiamento da fabricação de armas, inclusive de destruição em massa.

A divisão entre cristianismo e islamismo no Sudeste da Ásia será cada vez mais assimétrica. O que contribuirá para a instabilidade de grupos radicais islâmicos terroristas.
Grupos mais difusos como Hamas, Jihad, Hizbollah usarão a tecnologia para planejar ataques de frentes tradicionais (armas convencionais), como o bioterrorismo, químico, nuclear e cibernético.

“Embora nenhum outro país chegue perto de rivalizar o poderio militar norte-americano em 2020, mais nações estarão em posição de fazer os EUA pagar um alto preço pelas ações militares que vierem a realizar.” Hoje, o que vem incomodando parte da comunidade internacional é a possível aquisição de armas biológicas, químicas ou nucleares por Irã e Coréia do Norte”. (O Relatório da Cia).

E é exatamente a força militar que mantém os Estados Unidos à frente das relações internacionais.  Num futuro próximo o mundo será também asiático, porém será fragmentado no que se refere às forças políticas. A China é a promessa de potência mais rica, porém preocupa especialistas a possibilidade do país não ter condição política de comportar-se como potência hegemônica, o que poderá manter os norte-americanos ainda à frente a política internacional.

A ética, o meio ambiente, a segurança, a tecnologia e outros temas deverão ser prioritários dentro da opinião pública.  O Brasil, a Indonésia e alguns países do Sul da África também estarão em status de potências econômicas. A política que será definida pela nova ordem mundial, que aos poucos vai se arrumando, sugere que a mudança mais importante seja realmente o fim da hegemonia americana.

A globalização será responsável pela íntima relação entre Ocidente e Oriente, e paradigmas baseados na divisão do mundo (pós Guerra Fria) em Norte e Sul, poderá sofrer uma inversão de valores geograficamente falando. É o futuro do planeta adotando novas ordens.

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