domingo, 23 de outubro de 2011

Viver em Rede no Século 21

    Talvez os agentes promovedores dos avanços na esfera tecnológica, não soubessem claramente a ponta exata em que fosse findar seus projetos. Talvez nem mesmo fosse essa realidade o anseio idealizado. Ocorre que uma vasta parcela de todo avanço destina-se direta ou indiretamente para fins mercadológicos, e por isso, ao invés de se enquadrar em valas sociais, acaba por a própria sociedade alinhar-se às novidades.

    A internet por si só, surge como o elemento de maior força democrática até então. Rádio e TV, estes possuem um maior alcance, evidentemente – contudo, há de se conceber que a internet como única ferramenta, permite uma direta participação do usuário. Eis o segredo de tamanha popularidade, eis a razão por se dizer democrática. Estar conectado é consumir diretamente a globalização, é ser o indígena da aldeia global, é antes de tudo, mostrar para todo o mundo, o seu mundo.

    A democracia está no sentido de que todos em que nela estejam, dela possam participar – mas para além disso, influir na migração da democracia para o campo concreto. Talvez os pioneiros da internet não tivessem pensado, e provavelmente não pensaram que esta seria a ferramenta que ditasse o ritmo de setores fundamentais no mundo inteiro, talvez nem imaginassem que um avanço tecnológico derrubasse governos totalitaristas chumbados em suas convicções e poderio ditatorial.

    Viver online neste momento é viver a agenda pública e melhor do que isso é fazê-la. Provavelmente todo o fascínio que produz o despertar do interesse em estar conectado, seja a ideia de contribuir com os fatos, com a opinião, com a formação de uma gigantesca plataforma de informações. A internet, sobretudo nesta era, cumpre com o papel de ser o promovedor de alguns anseios explícitos na Declaração Universal dos Direitos Humanos do Homem.


Artigo 19°: Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.


    Viver em rede, neste momento é contribuir com mudanças em todos os aspectos, é direcionar toda a sociedade para o caminho intercultural, é apurar e difundir diversidade, é fazer da democratização da informação, o determinante de hábitos e comportamentos coletivos, é expandir ideias, é pensar o mundo, mas não só no mundo. É encurtar distâncias, é viver de fato e, não apenas existir.





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