Um importante passo foi tomado com a aprovação da ONU (Organização das
Nações Unidas) para a Palestina se tornar Estado observador não-membro, recentemente.
Que, embora tenha um valor, sobretudo, simbólico, poderá contribuir para a
formação dos dois Estados que, em tese, poriam fim aos conflitos entre
israelenses e palestinos.
Porém, Israel e Estados Unidos, por exemplo, acreditam que a aprovação na
instituição não influenciará na formação de dois Estados. O conflito militar, que há poucos dias se
intensificou após a morte do chefe do braço militar do Hamas, Ahmed Jabari, por um ataque do exército israelense, é
importante para o futuro do globo.
Os desdobramentos dessas ofensivas poderão interferir e
alterar o cenário conflituoso entre árabes e israelenses em alguns anos.
A economia guiada por diretrizes globais, aos poucos vai
modificando a geopolítica entre os países, e o mundo nas próximas décadas
poderá ser nitidamente distinto do que se conhece hoje.
O planeta caminhará cada vez mais de acordo com a velocidade do capitalismo
informacional, este que estará assentado na incrível evolução da tecnologia
dando respaldo principalmente à tecnologia da informação que, condicionará o
comportamento das sociedades cada vez de forma mais intimista.
Já em 1997, o filósofo da informação, o francês Pierre
Lévy publicou sua mais conhecida obra, chamada “Cibercultura”, onde
demonstra o quanto o caminho seguido pela humanidade toma por base a relação
sociedade e mundo virtual.
Deste modo, os países
que dispuserem de maior poder tecnológico, muito provavelmente terão força
entre as nações, também pelo fato da tecnologia possibilitar o desenvolvimento
de armamento militar sofisticado e até de alcance global.
O Diretor de Pesquisa
do Google, Peter Norvig, afirmou que em 2020 o conteúdo da internet será uma mistura de texto, fala, imagens estáticas
e móveis, além de narrativas de interações entre pessoas. (Folha).
Estimativas indicam
que a economia global será 80% maior em 2020 do que foi em 2000. Nos últimos
anos os países asiáticos figuram o cenário mais promissor do crescimento econômico
no planeta, em especial a China, que já é ponto crucial das preocupações do
mundo para as próximas épocas.
Alguns afirmam que a
comunidade internacional trabalha com incertezas quanto às reais intenções da
China, que já em 2012 vai se impondo aos vizinhos (inclusive Japão) com seu
poderio econômico e militar cada vez mais forte para anexar à sua área, regiões
próximas para tornar-se ainda maior.
A Ásia se assusta com
as disputas territoriais protagonizadas pelos chineses. Hoje, eles disputam
regiões das Filipinas, Japão, Malásia, Taiwan e diversas pequenas regiões
próximas. O que pode aproximar esses países dos EUA.
O país é o centro das
atenções porque provavelmente mudará a ordem econômica mundial de forma
bastante significativa. Segundo o FMI, em 2016 o Produto Interno Bruto (PIB)
chinês medido pelo critério de poder de compra atingirá U$ 19 trilhões e
superará o americano (US$ 18,8 trilhões). (Terra).
Todavia, de acordo com o Banco Mundial, em
2011 o PIB chinês ficou em US$ 7,318 trilhões de dólares, o americano em US$
15,09 trilhões. Já o brasileiro foi registrado em R$ 4,143 trilhões de reais,
de acordo com o IBGE.
Apesar do incrível crescimento dos países
asiáticos, qualitativamente não acompanharão o dos EUA e outros países ricos,
em aproximadamente oito anos, a classe média chinesa ainda será muito menor que
a classe média americana.
A China possui um problema grave, sua
população já está em processo de envelhecimento, além de ser uma população bastante
numerosa, em breve o país terá que pensar como agir em relação aos habitantes
fora do mercado de trabalho por conta da idade, problemas sociais possivelmente
influenciarão no crescimento do gigante asiático.
Outro país que emerge no cenário mundial é
a Índia, junto com os chineses, são as promessas que configuram os dois novos
gigantes políticos e econômicos mundiais asiáticos. Alguns especialistas
afirmam que entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) apenas a Índia terá
um crescimento robusto em 2012.
Em 2020, há a perspectiva de que a
privatização de estradas e da infraestrutura no Brasil será cada vez maior, a
política e economia ficarão cada vez mais distantes, exatamente pelo
desenvolvimento progressivo de atividades ligadas ao setor privado e o país
certamente será uma potência mundial.
Especialistas afirmam que em breve a China
precisará aumentar em 150% o consumo de energia para manter o ritmo de seu
crescimento, enquanto que a Índia precisará do dobro disso, desse modo, empresas
desses países buscarão investir em regiões da Rússia (fundamental para o
abastecimento de petróleo e gás para a Europa), América do Sul e Oriente Médio,
este último é um campo de incertezas pelas constantes tensões na região.
“O fortalecimento da identidade mulçumana
criará uma estrutura para a disseminação da ideologia islâmica radical, tanto
dentro como fora do Oriente Médio, incluindo regiões como a Europa Ocidental, o
Sudeste Asiático e a Ásia Central.” “a antiglobalização e a oposição às
políticas norte-americanas podem reunir um grande número de simpatizantes,
financiadores e colaboradores dos terroristas”. (O Relatório da CIA).
Em 2010, o grupo WikiLeaks vazou um relatório da CIA (Agência
Central de Inteligência) que cita diversos casos de cidadãos americanos
que estariam financiando atividades terroristas.
A expectativa é que a
tecnologia seja a chave para o desenvolvimento de diferentes vias para a
prática do terrorismo interno e internacional. A tendência é que a Al Qaeda
ceda espaço para outros grupos mais fortalecidos pelo financiamento da
fabricação de armas, inclusive de destruição em massa.
A divisão entre
cristianismo e islamismo no Sudeste da Ásia será cada vez mais assimétrica. O
que contribuirá para a instabilidade de grupos radicais islâmicos terroristas.
Grupos mais difusos
como Hamas, Jihad, Hizbollah usarão a tecnologia para planejar ataques de
frentes tradicionais (armas convencionais), como o bioterrorismo, químico,
nuclear e cibernético.
“Embora nenhum outro país chegue perto de rivalizar o poderio militar
norte-americano em 2020, mais nações estarão em posição de fazer os EUA pagar
um alto preço pelas ações militares que vierem a realizar.” Hoje, o que vem
incomodando parte da comunidade internacional é a possível aquisição de armas biológicas,
químicas ou nucleares por Irã e Coréia do Norte”. (O Relatório da Cia).
E é exatamente a força militar que mantém os Estados Unidos à frente das
relações internacionais. Num futuro
próximo o mundo será também asiático, porém será fragmentado no que se refere
às forças políticas. A China é a promessa de potência mais rica, porém preocupa
especialistas a possibilidade do país não ter condição política de comportar-se
como potência hegemônica, o que poderá manter os norte-americanos ainda à
frente a política internacional.
A ética, o meio ambiente, a segurança, a tecnologia e outros temas deverão
ser prioritários dentro da opinião pública.
O Brasil, a Indonésia e alguns países do Sul da África também estarão em
status de potências econômicas. A política que será definida pela nova ordem
mundial, que aos poucos vai se arrumando, sugere que a mudança mais importante
seja realmente o fim da hegemonia americana.
A globalização será responsável pela íntima relação entre Ocidente e
Oriente, e paradigmas baseados na divisão do mundo (pós Guerra Fria) em Norte e
Sul, poderá sofrer uma inversão de valores geograficamente falando. É o futuro
do planeta adotando novas ordens.
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