Em decorrência da crise internacional que afeta as principais
nações desde o fim de 2008, e a partir de 2011 começou a interferir fortemente
na economia nacional, o governo brasileiro teve de adotar medidas que incentivam
o consumo para aquecer o mercado interno.
Ocorre que reduzir o IPI e comprar boa parte dos dólares que
circulam no mercado brasileiro é uma alternativa com efeito imediato e
passageiro. Chega um momento em que a venda de automóveis para de crescer assim
como em outros setores, sobretudo o setor de bens ditos duráveis, e a economia
começa a dar passos lentos.
Isso ocorre porque o brasileiro está ganhando mais, porém, o
mercado doméstico possui hoje, uma demanda acima do que a indústria pode oferecer.
Em janeiro de 2013, espera-se que o salário mínimo suba de R$ 622,00 para R$
670,95, o que aumenta o consumo de um modo geral.
Para reduzir este desequilíbrio, desde o início do governo
Dilma está se adotando políticas econômicas baseadas em parcerias público-privadas,
ao poucos a maior reclamação de donos de indústrias está sendo acatada; o
doloroso investimento em infraestrutura (o que possibilitaria maiores
possibilidades de expansão para a indústria brasileira, já que teria menores
despesas com transportes).
Outro fator importante é o redirecionamento de investimentos
estrangeiros para o país, haja vista a atual recessão europeia. Aliados a todos esses itens, há programas de
assistencialismo promovidos pelo governo federal (Bolsa Família) que beneficiam
principalmente as regiões mais pobres do Brasil: Norte e Nordeste.
O Nordeste brasileiro começou a atrair grandes empresas
devido ao poder de compra acelerado nos últimos anos. A distribuição de renda
além de ajudar no desenvolvimento educacional, proporcionou aos nordestinos,
compras cada vez mais sucessivas, o que gera mais emprego e renda na região.
Até 2020, o mercado consumidor brasileiro será o quinto maior
do mundo, o que representa um salto de 2,2 trilhões para 3,5 trilhões de reais
que serão gastos até lá. O Brasil deverá ser o terceiro maior mercado automobilístico.
A Folha de São Paulo,
entre 2008 e 2009, fez um levantamento e revelou que a frota de veículos em
Maceió cresce acima da média nacional (7,7%), enquanto que em São Paulo
registrou-se um crescimento de 5,5%, em Maceió a alta foi de 8,5%.
Considerando o aumento na renda, dentre outros fatores, a
região Norte e Nordeste são as que mais crescem no Brasil. Até 2020 espera-se
que o consumo pule de 24% para 28% no Nordeste brasileiro. De acordo com
pesquisas, os estados brasileiros que mais deverão crescer são: Pernambuco,
Alagoas, Piauí, Paraíba, Maranhão e Ceará (Escopo).
Em 8 anos, a capital
alagoana passará de 5 para 16 bilhões o índice de consumo, mas não só. Há mais de 6 meses o Estado de Alagoas vem
registrando índices econômicos positivos. O comércio varejista se mantém em
expansão sem interrupções, o reflexo disso pode ser conferido através da
construção civil em Maceió e interior. Resultado também do crescimento da renda
do alagoano, que de 2003 para 2010 dobrou de R$ 700 para R$ 1400 reais em
média.
Em maio de 2011, o economista Ricardo Amorim disse que o
Brasil está posicionado estrategicamente para um crescimento sem precedentes
até 2020, o que inclui necessariamente cidades médias do interior, municípios
como Arapiraca que por oferecerem imóveis com preços mais baixos se comparados
com os da capital, atraem investidores e assim crescem juntos com os grandes
centros.
O professor Dr. de Economia da Universidade Federal de Alagoas
(Ufal), Cícero Péricles ao ser questionado sobre qual o caminho seguir pelas
empresas em Alagoas, ele diz: “As empresas alagoanas não podem cometer os mesmos erros de
2003, 2004, 2005 que ficaram perplexas devido ao crescimento da renda, não
souberam nem aproveitaram tal crescimento para reagirem”.