- Lei n° 10.836, de 9 de
Janeiro de 2004: Cria o Programa Bolsa Família e dá outras providências.
Parágrafo único. O Programa de que trata o caput tem por finalidade a
unificação dos procedimentos de gestão e execução das ações de transferência de
renda do Governo Federal, especialmente as do Programa Nacional de Renda Mínima
vinculado à Educação
- Bolsa Escola, instituído pela Lei nº
10.219, de 11 de abril de 2001 (governo FHC)
-Programa Nacional de
Acesso à Alimentação - PNAA, criado pela Lei n o
10.689, de 13 de junho de 2003 (governo Lula)
-Programa Nacional de Renda Mínima vinculada à Saúde - Bolsa
Alimentação, instituído pela Medida
Provisória n o 2.206-1, de 6 de setembro de 2001 (governo FHC)
-Programa Auxílio-Gás, instituído pelo Decreto nº
4.102, de 24 de janeiro de 2002 (governo FHC)
-Cadastramento Único do Governo Federal, instituído pelo Decreto nº
3.877, de 24 de julho de 2001. (governo FHC)
Alteração do decreto: (ver Diário Oficial da União de 18 de Junho de 2012.)
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=1&data=18/06/2012
Alteração do decreto: (ver Diário Oficial da União de 18 de Junho de 2012.)
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=1&data=18/06/2012
Com a colaboração de Cícero Gomes (link p/ vídeo)
Apesar do Bolsa Família ter
sido criado legalmente apenas em 2004, os programas de assistência social, que
hoje o integram, em 2003 já atendiam em torno de cinco milhões de famílias. Antes disso, em 1997, os únicos países no
mundo que utilizavam programas de transferência condicionada de renda, eram
apenas: México, Bangladesh e Brasil.
No entanto, diante dos bons
resultados alcançados na utilização desses programas no combate à pobreza, em
2007 quase todos os países da América Latina já tinham inserido em seus planos
de governo, programas de assistencialismo similares.
No mesmo ano, na cidade de
Nova York, foi adotado o programa “Opportunity NYC”, inspirado parcialmente no
programa brasileiro. Hoje, o Banco Mundial e a ONU recomendam o Bolsa Família,
assim como o Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O programa é tido como uma das raras coisas,
em que países em desenvolvimento dão lição a países já desenvolvidos. O presidente
do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, disse que o Bolsa Família é um programa modelo
para países do mundo inteiro, e que por isso está sendo adotado em várias
partes do mundo, especialmente com o intuito de combater a miséria.
Segundo dados, 0,4% do PIB
brasileiro em 2006, o que representa em torno de 8,2 bilhões, foram recebidos
pelas mais de 11 milhões de famílias. O
que justifica também a redução em torno de 27,7 % do índice de miséria entre os
anos de 2002 e 2006.
“O programa Bolsa Família
parece ter um viés rural. A pobreza rural é grande no Brasil, mas mesmo assim,
a incidência do programa em áreas rurais é alta: 41% dos domicílios rurais
estavam matriculados em 2006, contra 17% das zonas urbanas. Nas duas maiores
cidades, São Paulo e Rio de Janeiro, menos de 10% das famílias estão no
programa.” (The Economist, 29 de Julho de 2010).
As evoluções atribuídas ao
programa são incontestáveis, pode-se citar dados e mais dados positivos no que
refere aos efeitos a longo prazo deste tipo de benefício social.
Mas pelo contrário, o que
pode e deve ser contestado é a forma como ele é utilizado, como é visto. E
combater as distorções que o rodeiam.
O Bolsa Família, programa
resultado da unificação de outras políticas sociais pré-existentes, foi
idealizado pelo atual governador do estado do Goiás Marconi Perillo (PSDB-GO).
No lançamento do programa em 2003, o na época presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT-SP), deixa claro que a ideia para a unificação dos programas veio de
Marconi Perillo.
Mas em contrapartida, com o
sucesso concretizado através das medidas de transferência de renda, o governo
federal passou a tomar para si o mérito da idealização do Bolsa Família. Apesar
de não ser o mais relevante, é sem dúvida desonestidade com quem acredita
fielmente no lhe é dito por quem aparentemente carrega boa fé.
O problema está no ponto
onde o eleitor, o mais necessitado e que por isso depende também (ou só) do
programa, entende que essa é uma clara condição para a oferta do voto. No governo Lula foram ditas tantas vezes que
seu governo foi o responsável pela criação do Bolsa Família, que sua figura era
claramente relacionada aos benefícios recebidos. (Uma Mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade, Joseph
Goebbles)
A popularidade do governo
Lula, só ultrapassada por Dilma Rousseff (PT), foi fundamentalmente por conta
dos avanços sociais, exatamente pelo cunho eleitoral que o programa
proporciona.
É natural que quanto menor o
grau de instrução do indivíduo, o menor conhecimento que ele adquire, mais
fácil será de manipulá-lo. Assim foi feito com o intuito eleitoral.
Evidentemente os avanços
sociais mais fortemente sentidos foram no governo Lula, porém através do uso
explicito demagógico, houve manipulação de opinião pública quanto à
meritocracia da criação. (A demagogia é a capacidade de vestir ideias menores com palavras maiores, Abraham Lincoln)
O Bolsa Família
é apenas um exemplo da demagogia que é, quando se tira o mérito de outros
governos por determinados outros. O
Plano Real é um exemplo claro do plano responsável pela estabilização econômica
brasileira na década de 90, onde o ex-presidente Lula, por exemplo, foi contra
(quando ainda não era presidente), mas que depois seu governo colheu os frutos do
sucesso da única moeda que deu certo no Brasil.
Igualmente,
essas medidas desonestas, influenciam a consciência de muitos brasileiros que
não sentem a força da alienação sobre eles exercida. E inocentemente (e
erroneamente) julgam de forma equivocada a história do desenvolvimento do país
ao longo dos governos.
Desse modo, a
saída é através da própria imprensa que, tem o dever de informar quantas vezes
for preciso, para que o brasileiro esteja consciente do que realmente é efeito
através dos governos, quais governos e de como isso é feito.
Mas não se
pode permitir que se tenha por finalidade, utilizar o efeito de bons frutos,
para proveito eleitoral. Sem o devido reconhecimento, sem a informação
verdadeira que é direito de todos, que precisam de consciências lúcidas, longe
da manipulação de má fé.