♪... Ai que saudade do céu, do sal, do sol de Maceió... ♫
Seria extremamente errôneo assegurar só à capital, a crônica problemática em que vive o estado em seu todo. Porém, nos atentemos à Maceió, mesmo porque, está se falando do motor que faz, ou tenta fazer o estado andar, ou nem isso.
O fato maior é que a incompatibilidade entre Maceió e outras capitais, parece ser algo despercebido, invisível, isso é o que mais intriga. Parece que será preciso poderosos microscópios para que esta, que se diz “a sociedade alagoana” veja o desastre tão evidente, mas é certo que microscópios são utilizados comumente para que se vejam planetas, estrelas distantes.
Mas então, por que se valer de ferramentas para ver coisas que estão longe, se a pobreza está tão perto? Para isso mesmo, por este ângulo é mais fácil se valer de microscópios e ver estrelas, assim deixam de enxergar a miséria que os rodeiam, por toda parte.
O momento pede marchas, protestos, enfretamentos, conflitos em geral, este é o mundo agora. A chamada Primavera Árabe poderia espalhar o seu pólen por Maceió, quem sabe lindos jardins poderiam surgir. Mas alguém poderia dizer: “Mas a primavera árabe é um movimento que clama por democracia e, aqui ela já existe.” Existe? Existe mesmo essa participação do povo onde não se tem segurança? Onde a educação não chega nem a se alfabetizar? Onde a miséria se espalha feito o vento? Onde não se fala mais em saúde, mesmo porque ela já caiu no esquecimento desde a sua morte, por falta de atendimento nos hospitais?
Como dizem âncoras de telejornais: Maceió está chamando a atenção do país inteiro (ver vídeo de Bom Dia Brasil). A começar pelos índices que deixam a cidade nas alturas, lá no início de todo e qualquer ranking negativo, prova disso é o número de homicídios em Maceió, que nos últimos 10 anos, subiu 219,5 %, desconsiderando o ano de 2011. No quesito miséria, Maceió está em terceiro lugar e mais, falando-se em desigualdade subimos mais um pouco, estamos em segundo lugar no pódio, considerando uma piora nos últimos anos.
Não podemos nos esquecer da desigualdade educacional, como é de costume, Maceió se mostra sempre campeã quando esse é o gênero analisado. Porém, há índices em que a capital é colocada em último lugar dentre todas as capitais, ao exemplo, segue-se a freqüência escolar de crianças entre 7 e 14 anos, aqui, tem-se a maior evasão dessa faixa etária nas escolas, todas as outras capitais ficaram à frente de Maceió.
Esses são dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, portanto, incontestáveis. Neste caso, os números são extremamente redundantes e servem somente para efeito de confiabilidade. Outrossim, com a redundância com que se utiliza a imprensa de um modo geral, para citar Maceió em pesquisas que envolvem fundamentalmente índices sociais. É grande também o número de pessoas que por lapso de memória ou qualquer outra coisa, esquecem que fazem parte daquela “sociedade alagoana” e com todo fervor criticam os políticos e, colocam todos eles na mesma categoria.
Muitos dessa mesma sociedade, que critica a ela mesma e esquece de que também está falando de si, fala com autoridade de todos os países do Oriente Médio juntos, esquece toda e qualquer educação e respeito, mas sabem sim, criticar com argumentos comprados no Paraguai, que apenas repetem outros “indignados” e desinformados. Os governos são reflexos de sua sociedade e, isto é inquestionável, não que eles sejam de todo o mal, não estou cá defendendo a categoria, mas generalizar é apenas resultado da falta de conhecimento.
Basta que essa sociedade olhe para si, basta que a sociedade residente em Maceió, sobretudo, guarde o microscópio e volte seus olhos para a infância miserável presente a qualquer esquina, a qualquer semáforo, basta que ao invés de microscópio essa sociedade use óculos, óculos da sensibilidade, talvez seja exatamente esse o problema, talvez seja a ausência total de sensibilidade de muitos, que não deixam que estes mesmos enxerguem o lixo nas ruas, as pessoas nas ruas, a poluição, a violência, a corrupção, a prostituição, a miséria incontável.
Talvez, quando esta sociedade encontrar a tal sensibilidade, irá perceber que Maceió passou de “Paraíso das Águas” para “Paraíso das Armas”, porém cabem aí as duas definições, por isso, a sensibilidade mostrada pela natureza, pede socorro, pede pelo paraíso agora distante. Talvez nós enxerguemos, talvez.
O fato maior é que a incompatibilidade entre Maceió e outras capitais, parece ser algo despercebido, invisível, isso é o que mais intriga. Parece que será preciso poderosos microscópios para que esta, que se diz “a sociedade alagoana” veja o desastre tão evidente, mas é certo que microscópios são utilizados comumente para que se vejam planetas, estrelas distantes.
Mas então, por que se valer de ferramentas para ver coisas que estão longe, se a pobreza está tão perto? Para isso mesmo, por este ângulo é mais fácil se valer de microscópios e ver estrelas, assim deixam de enxergar a miséria que os rodeiam, por toda parte.
O momento pede marchas, protestos, enfretamentos, conflitos em geral, este é o mundo agora. A chamada Primavera Árabe poderia espalhar o seu pólen por Maceió, quem sabe lindos jardins poderiam surgir. Mas alguém poderia dizer: “Mas a primavera árabe é um movimento que clama por democracia e, aqui ela já existe.” Existe? Existe mesmo essa participação do povo onde não se tem segurança? Onde a educação não chega nem a se alfabetizar? Onde a miséria se espalha feito o vento? Onde não se fala mais em saúde, mesmo porque ela já caiu no esquecimento desde a sua morte, por falta de atendimento nos hospitais?
Como dizem âncoras de telejornais: Maceió está chamando a atenção do país inteiro (ver vídeo de Bom Dia Brasil). A começar pelos índices que deixam a cidade nas alturas, lá no início de todo e qualquer ranking negativo, prova disso é o número de homicídios em Maceió, que nos últimos 10 anos, subiu 219,5 %, desconsiderando o ano de 2011. No quesito miséria, Maceió está em terceiro lugar e mais, falando-se em desigualdade subimos mais um pouco, estamos em segundo lugar no pódio, considerando uma piora nos últimos anos.
Não podemos nos esquecer da desigualdade educacional, como é de costume, Maceió se mostra sempre campeã quando esse é o gênero analisado. Porém, há índices em que a capital é colocada em último lugar dentre todas as capitais, ao exemplo, segue-se a freqüência escolar de crianças entre 7 e 14 anos, aqui, tem-se a maior evasão dessa faixa etária nas escolas, todas as outras capitais ficaram à frente de Maceió.
Esses são dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, portanto, incontestáveis. Neste caso, os números são extremamente redundantes e servem somente para efeito de confiabilidade. Outrossim, com a redundância com que se utiliza a imprensa de um modo geral, para citar Maceió em pesquisas que envolvem fundamentalmente índices sociais. É grande também o número de pessoas que por lapso de memória ou qualquer outra coisa, esquecem que fazem parte daquela “sociedade alagoana” e com todo fervor criticam os políticos e, colocam todos eles na mesma categoria.
Muitos dessa mesma sociedade, que critica a ela mesma e esquece de que também está falando de si, fala com autoridade de todos os países do Oriente Médio juntos, esquece toda e qualquer educação e respeito, mas sabem sim, criticar com argumentos comprados no Paraguai, que apenas repetem outros “indignados” e desinformados. Os governos são reflexos de sua sociedade e, isto é inquestionável, não que eles sejam de todo o mal, não estou cá defendendo a categoria, mas generalizar é apenas resultado da falta de conhecimento.
Basta que essa sociedade olhe para si, basta que a sociedade residente em Maceió, sobretudo, guarde o microscópio e volte seus olhos para a infância miserável presente a qualquer esquina, a qualquer semáforo, basta que ao invés de microscópio essa sociedade use óculos, óculos da sensibilidade, talvez seja exatamente esse o problema, talvez seja a ausência total de sensibilidade de muitos, que não deixam que estes mesmos enxerguem o lixo nas ruas, as pessoas nas ruas, a poluição, a violência, a corrupção, a prostituição, a miséria incontável.
Talvez, quando esta sociedade encontrar a tal sensibilidade, irá perceber que Maceió passou de “Paraíso das Águas” para “Paraíso das Armas”, porém cabem aí as duas definições, por isso, a sensibilidade mostrada pela natureza, pede socorro, pede pelo paraíso agora distante. Talvez nós enxerguemos, talvez.